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Mulheres na Ciência: A Luta Pelo Conhecimento e Pela Saúde Feminina

Foto do escritor: PlenaSimPlenaSim

Por séculos, a ciência foi construída predominantemente por homens, para homens. Isso significou que não apenas as mulheres foram excluídas das pesquisas científicas como pesquisadoras, mas também que seus corpos e suas necessidades de saúde foram amplamente negligenciados nos estudos clínicos.


A Ciência Ignorou o Corpo Feminino por Muito Tempo

Historicamente, estudos médicos e ensaios clínicos foram conduzidos quase exclusivamente com participantes masculinos, e os resultados eram generalizados para toda a população, como se os organismos de homens e mulheres funcionassem da mesma maneira. Essa abordagem ignorou diferenças biológicas essenciais, como o metabolismo, as flutuações hormonais e os impactos únicos que doenças e tratamentos podem ter nas mulheres.


Isso teve consequências reais:

  • Medicamentos desenvolvidos sem testes suficientes em mulheres apresentaram efeitos colaterais inesperados e até perigosos para o público feminino.

  • A saúde da mulher, especialmente em fases como climatério e menopausa, recebeu menos atenção científica, resultando em lacunas de conhecimento e falta de opções eficazes de tratamento.

  • Doenças que afetam desproporcionalmente as mulheres, como a endometriose, foram subdiagnosticadas e subtratadas por décadas.


OMS Exige Mais Pesquisas com Mulheres

Esse cenário está mudando! A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reforçado a necessidade de incluir mais mulheres nos estudos científicos para garantir que a medicina avance de forma equitativa. Segundo as Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Relacionadas à Saúde Envolvendo Seres Humanos, elaboradas pelo Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS) em parceria com a OMS, há uma necessidade urgente de corrigir essa desigualdade histórica. O documento destaca que a exclusão das mulheres nas pesquisas ao longo do tempo resultou em uma lacuna de conhecimento perigosa para a saúde feminina (CIOMS, 2018).


Além disso, a OMS tem promovido diretrizes para integrar análises de gênero nos estudos de saúde, garantindo que tanto as pesquisas quanto as políticas de saúde levem em consideração as diferenças biológicas e sociais entre homens e mulheres (PAHO, 2023).


Mulheres Cientistas: Protagonistas da Mudança

A inclusão de mulheres na ciência não significa apenas estudá-las como sujeitos de pesquisa, mas também aumentar o número de mulheres cientistas liderando esses estudos. Durante muito tempo, barreiras sociais e institucionais impediram mulheres de avançar na pesquisa acadêmica, mas a história tem mostrado que quando elas têm oportunidade, transformam a ciência.

Exemplos como Marie Curie, Rosalind Franklin, Bertha Lutz e tantas outras mostram que a ciência só tem a ganhar com a diversidade de pensamento e de experiências. Hoje, iniciativas globais incentivam meninas e mulheres a ingressarem nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), garantindo um futuro onde a medicina, a biotecnologia e tantas outras áreas sejam mais inclusivas e eficazes.


O Que Podemos Fazer?

Cobrar mais pesquisas focadas na saúde feminina, especialmente em áreas negligenciadas como climatério, menopausa e saúde hormonal.

Incentivar meninas e mulheres a entrarem na ciência, para que possam ser protagonistas de novas descobertas.

Valorizar o conhecimento sobre o corpo feminino, desmistificando tabus e promovendo discussões embasadas na ciência.


Aqui no PlenaSim, acreditamos que conhecimento é poder. Quanto mais aprendemos e falamos sobre o corpo da mulher, mais autonomia temos sobre nossa saúde e bem-estar. Queremos que toda mulher tenha acesso a informações confiáveis e que a ciência trabalhe a nosso favor.


💬 O que você acha dessa mudança de perspectiva na ciência? Já sentiu que a medicina não levava em conta as suas necessidades? Deixe seu comentário abaixo!







 
 

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